ESCLARECIMENTO SOBRE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

Pausa de 7 dias da pílula: como funciona e para que serve?

Veja também: Preparativos para engravidar



pausa de 7 dias do anticoncepcional é o intervalo exigido entre o fim de uma cartela e o início da administração de outra, nas versões de pílulas de 21 comprimidos. Nas cartelas de 21 doses, a mulher deve voltar a tomar o contraceptivo apenas no 8º dia após a menstruação. No entanto, mesmo que nem sempre você precise sangrar, é necessário respeitar o intervalo de apenas 7 dias.
A pausa serve para que o endométrio que se preparou para esperar uma possível gravidez se descame e se limpe, podendo aguardar o próximo ciclo para uma nova ovulação. Com o uso de um anticoncepcional você não vai engravidar, mas seu corpo vai continuar se preparando para isso da melhor forma. Com a pausa de 7 dias, o corpo elimina os resíduos pendentes e seu útero se limpa completamente quando há sangramento.

Para as mulheres que usam a pílula, mesmo que as variações de hormônios se mantenham constantes, ainda há a necessidade de uma limpeza do endométrio, por isso existe a pausa. Mas você não necessariamente precisa passar por essa limpeza sempre, por isso o uso do medicamento de forma contínua por alguns meses tem sido cada vez mais adotado, além das opções de pílulas anticoncepcional com 24, 28 e até 35 comprimidos.

Como tomar anticoncepcional de 21 dias

Ingerir 1 comprimido no primeiro dia da menstruação até o final da cartela, tomando um por dia, todos os dias, sempre no mesmo horário, totalizando 21 dias de toma da pílula. Quando terminar a cartela fazer uma pausa de 7 dias e no 8º dia, iniciar uma nova cartela.
Os exemplos de anticoncepcionais de ciclos de 21 dias são Selene, Yasmin, Diane 35, Level, Femina, Gynera.

O período de pausa pode variar de acordo com a pílula. Em algumas marcas, por exemplo, o intervalo é de apenas 4 dias. O ideal é ler atentamente todas as indicações da bula e seguir todas as recomendações com acompanhamento próximo de um ginecologista.

Tomar pílula anticoncepcional em excesso traz riscos



Os perigos que você pode causar ao seu corpo sem perceber
por Redação Bebê
Fernanda Camargo
Do Bolsa de Bebê

Esquecer-se de tomar a pílula anticoncepcional é um ato muito comum entre as mulheres. Mas isso não pode se tornar rotina. É preciso seguir à risca as indicações da pílula anticoncepcional e de um médico especialista para que o medicamento seja, de fato, eficaz e não traga efeitos colaterais.
Renata Zito, ginecologista especializada em reprodução humana e cirurgia endoscópica, conta que a pílula anticoncepcional age no organismo feminino inibindo os hormônios e, consequentemente, a ovulação. “A pílula determina uma mudança na camada interna do útero, o endométrio, que impede a implantação do embrião. Também altera a movimentação do óvulo nas trompas e o muco vaginal, comprometendo a passagem dos espermatozoides nas paredes vaginais”, explica.
Quando a mulher se esquece de tomar a pílula no dia e horário determinados e acaba ingerindo mais de uma unidade, ela afeta totalmente o ciclo e a eficácia do tratamento. “Além disso, ela pode sentir os efeitos colaterais indesejáveis, como dores de estômago, e o pior, perder o  efeito do tratamento e até engravidar”, conta.
Fique atenta ao que deve ser feito caso não se lembre de tomar a pílula. Renata recomenda que “se o esquecimento for de até 12 horas do horário determinado, a mulher deve tomar a pílula assim que se lembrar e ingerir novamente no horário que estava habituada. Se for superior a 12 horas, o ideal é cancelar o  tratamento deste ciclo e, assim que menstruar, iniciar uma nova cartela”. Também não se deve tomar a pílula anticoncepcional em jejum. Renata diz que “se assim for ingerida, algumas mulheres podem sentir uma intolerância gástrica”.
É por isso que as orientações de um especialista são fundamentais. “Qualquer método anticoncepcional é individual. Cada paciente se adapta melhor a um deles”, diz.  Se não forem seguidas as indicações, a pílula pode deixar de ser um método seguro.

Qual o melhor anticoncepcional para quem não quer engordar?



por Mariana Bueno
O mito de que a pílula anticoncepcional engorda, segundo o ginecologista e obstetra Antonio Paulo Stockler, tem um fundo de verdade. É que alguns tipos de hormônios podem provocar um aumento na retenção de líquidos, o que pode ser percebido como aumento de peso. "Mas nem todos os hormônios presentes nas pílulas possuem estas características. Há, inclusive, algumas formulações que ajudam a eliminar o inchaço provocado pelo período menstrual", ressalta.

Tomar pílula engorda?


Algumas pílulas podem causar retenção de líquidos
O médico diz que esta resposta é individual e varia para cada mulher. "Muitos fatores podem influenciar as alterações no peso observadas com os contraceptivos hormonais, como características demográficas da população, índice de massa corpórea basal, diferenças metabólicas entre as pacientes, e ganho de peso normal associado à idade", explica.
Por isso, enquanto algumas relatam que tanto o contraceptivo injetável mensal quanto o injetável trimestral parecem estar associados com retenção líquida, outras não notam este efeito.

Como escolher o melhor anticoncepcional

Os mais indicados para quem não quer engordar são os que possuem baixos níveis de hormônios, os quais também estão associados a menos efeitos colaterais. "É fundamental se consultar primeiro com o ginecologista antes de iniciar um método anticoncepcional hormonal, uma vez que, além de permitir a escolha do método ideal de acordo com as características da paciente, o médico poderá avaliar se existe alguma contraindicação ao uso, como presença de enxaqueca, tabagismo, uso de outros medicamentos ou doenças associadas", diz.
Essa orientação é importante, uma vez que os anticoncepcionais não são métodos isentos de riscos e nem são 100% eficazes. "Um método adequado para uma paciente pode não ser adequado para outra".

Como escolher o contraceptivo ideal para mim?



Especialista fala sobre os diferentes métodos e os casos para os quais são mais indicados
por Redação
Apesar da grande popularidade da pílula anticoncepcional, muitas mulheres não se adaptam, não podem ou simplesmente não querem utilizar o método. Por sorte, existem inúmeras opções disponíveis para quem busca uma alternativa. Mas como escolher a mais apropriada?

Anticoncepcional não substitui o preservativo

Nenhum método contraceptivo deve substituir a camisinha, que é o único meio de prevenir DSTs (Crédito: Thinkstock)Nenhum método contraceptivo deve substituir a camisinha, que é o único meio de prevenir DSTs (Crédito: Thinkstock)
Em primeiro lugar, é importante frisar que o uso do anticoncepcional não exclui a necessidade da camisinha. Ela é o único método capaz de prevenir a contaminação por Doenças Sexualmente Transmissíveis, portanto deve ser usada 100% das vezes.

O ginecologista é quem deve indicar o método apropriado

Muitas mulheres têm o hábito de adotar um novo anticoncepcional com base na indicação e experiência de amigas, prática que é absolutamente contraindicada pelos médicos. “O contraceptivo que sua amiga usa e funciona muito bem para ela pode não ser o mais apropriado para você. Isso porque a escolha do anticoncepcional vai muito além das afinidades e da adaptação ao método. É preciso levar em consideração a história clínica, antecedentes pessoais e familiares e hábitos ou necessidades individuais de cada mulher”, esclarece a ginecologista Cristina Laguna, professora doutora do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP e colaboradora do portal Direito de Escolha.
Portanto, é fundamental consultar um especialista para obter a indicação do método mais apropriado e orientações quanto ao uso.

Métodos contraceptivos e indicações

Para quem está em busca de mais informações sobre os diferentes métodos anticoncepcionais e os casos nos quais eles se aplicam melhor, a especialista listou alguns aspectos que devem ser considerados na hora da escolha.

Pílula, adesivo ou injeção?



Acerte na escolha do contraceptivo e previna a gravidez
por Mariana Bueno
Escolher o método contraceptivo certo para você é fundamental na prevenção da gravidez. O anticoncepcional pode ser a pílula, mais conhecida e usada pela maioria das mulheres, ou pode ser aplicado também como injeção ou adesivo.
Todos eles funcionam imitando os hormônios naturais da mulher (estrógeno e progesterona), que controlam o ciclo menstrual. Este ciclo natural ocorre através da oscilação desses dois hormônios no organismo, culminando na ovulação. A ginecologista Karina Zulli, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo, explica que a administração dos hormônios sintéticos através do anticoncepcional é uma tentativa de “enganar” o organismo e não deixar que os hormônios naturais atuem e que haja ovulação. “São métodos muito eficazes quando usados de forma correta e consistentemente, mas nenhum deles deve ser usado sem orientação médica”, diz.
As desvantagens e vantagens de cada um dos métodos, de acordo com a ginecologista, dependem da escolha da paciente juntamente ao médico ginecologista e variam de acordo com questões individuais, como melhorar a qualidade de vida, diminuir os sintomas da TPM, ou apenas como método contraceptivo. “O método mais eficaz é aquele que garantirá à paciente os melhores benefícios, garantindo, então, melhor adesão”, afirma.
Segundo ela, todos eles apresentam falhas, ainda que baixas. A taxa é medida de acordo com o Índice de Pearl, uma fórmula que avalia a eficácia de um método contraceptivo, levando em consideração quantas mulheres em cada 100 usuárias de um determinado método engravidam no primeiro ano. No caso da pílula, a taxa é de 0,3 a 1,25%. Nos injetáveis, 0,1 a 0,4%. E nos adesivos, 0,88%.
A pílula ainda é o mais popular entre as mulheres. A ginecologista acredita que, por ser um dos métodos mais antigos no mercado, proporciona o conceito de que funciona, além de ser mais simples de usar e mais barata. Outra vantagem, segundo ela, é que, diante de efeitos colaterais indesejáveis, a suspensão torna-se simples, basta interromper o uso. “É importante esclarecer que os anticoncepcionais jamais devem ser usado por pacientes fumantes ou com história prévia de tromboembolismo. E nenhum contraceptivo hormonal funciona na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, por isso o uso da camisinha é imprescindível”, finaliza.
Para entender um pouco mais as diferenças entre cada um deles, confira abaixo as explicações da ginecologista:
Pílulas: No primeiro mês, o primeiro comprimido deve ser tomado no primeiro dia do ciclo menstrual e, em seguida, um por dia, de preferência no mesmo horário, até o fim da cartela, fazendo então um intervalo que varia de acordo com o número de comprimidos da cartela. Em caso de esquecimento, deve ser tomada imediatamente, até mesmo duas na mesma hora. Se esquecer duas ou mais, pode interromper a cartela até a próxima menstruação.
Injeções: Devem ser aplicadas mensalmente ou trimestralmente na região glútea ou nádegas, sem massagear o local depois da aplicação.
Adesivos: O primeiro deve ser colocado no primeiro dia da menstruação e trocado a cada semana. São três adesivos no total. Após o terceiro, é recomendável uma pausa de uma semana, quando, geralmente, acontece a menstruação e então recomeça uma nova cartela. O adesivo pode ser colado na pele limpa e seca, em locais onde haja depósitos de gordura, como parte posterior do braço, abdômen, costas ou nádegas. No banho, é preciso ficar atento para não descolar. Se isso ocorrer, deverá ser trocado.

Métodos contraceptivos de longa duração



Além de prevenir a gravidez, eles ajudam em outros problemas, como redução da menstruação
por Redação
Embora haja diversos tipos de contraceptivos, é crescente a busca das mulheres por métodos de longa duração, principalmente pelas que não planejam engravidar nos próximos anos ou que não desejam ter filhos, mas não querem se submeter a processos irreversíveis.

Segundo o ginecologista e obstetra José Bento, dos hospitais Albert Einstein e São Luís, a procura por este tipo de contracepção aumentou inclusive entre as mulheres bastante jovens, na faixa dos 18 anos. “É um movimento interessante, mulheres cada vez mais novas estão procurando contraceptivos de longa duração, não só para prevenir gravidez, mas para minimizar outros problemas, como sangramentos menstruais abundantes”, comenta o especialista.
De acordo com o médico, os métodos de longa duração podem ser uma alternativa também para as mulheres que se esquecem de tomar apílula diariamente. Mas é importante lembrar que os métodos de longa duração não previnem as doenças sexualmente transmissíveis. Em todas as indicações, o método deve necessariamente ser prescrito, inserido e acompanhado por médico. “O mais importante é sempre conversar com um médico para saber qual o contraceptivo mais indicado para cada mulher”, conclui.

Principais métodos contraceptivos de longa duração

Implante subcutâneo: É um microbastão de hormônio sintético similar à progesterona, que deve ser implantado no antebraço com anestesia local através de uma microcirurgia, agindo na inibição da ovulação e impedindo a gravidez. Pode durar até 3 anos.
DIU de cobre: Pequena peça de plástico inserida no útero da mulher, que tem efeito espermicida, destruindo os espermatozoides e, por meio da ação dos fios de cobre, impedindo que eles cheguem a ser fecundados. Dependendo do modelo, pode durar de 3 a 10 anos.
SIU hormonal: Similar ao DIU em seu formato, mas é feito de material plástico e possui um dispositivo que contém 52 mg do hormônio sintético levonorgestrel, liberado em pequenas doses ao longo de cinco anos diretamente na região uterina. Além da alta eficácia, existe a vantagem da praticidade posológica e a menstruação tende a diminuir muito, podendo até desaparecer.

Anel vaginal: o que é e como funciona



Método é ideal para mulheres que esquecem de tomar a pílula
por Redação
anel vaginal anticoncepcional é um método novo em comparação com a pílula, que existe há cerca de 50 anos, mas tem conquistado muitas adeptas. Segundo o ginecologista Rogério Bonassi Machado, vice-presidente da Comissão Especializada em anticoncepção da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o anel uma forma de prevenção segura, fácil de usar e com pouca exposição hormonal.

O que é

É um anel flexível e transparente com cerca de 5 cm, que se adapta confortavelmente as curvas da vagina. Para introduzir, basta dobrar o anel de silicone e inserir no fundo da vaginal no primeiro dia da menstruação e mantê-lo por 3 semanas. Após esse período, é preciso retirar o anel e fazer uma pausa de uma semana, quando acontece a menstruação. Passados sete dias do fim da menstruação, introduza um novo anel e comece o ciclo novamente.

Como funciona

“Ele age como qualquer outro método. Depois de colocado na vagina, o anel libera os hormônios, que são absorvidos pela mucosa da parede vaginal, entrando em contato com a corrente sanguínea inibindo a produção do FSH e LH. O anel também aumenta o muco dessa região, dificultando a entrada do espermatozoide”, esclarece o ginecologista Seuzo Sohara.
O anel vaginal é ideal para as mulheres que esquecem com frequência de tomar a pílula / Crédito: ThinkstockO anel vaginal é ideal para as mulheres que esquecem com frequência de tomar a pílula / Crédito: Thinkstock

Benefícios

“Por ser um método de fácil aplicação com menor risco de esquecimento e pouco efeito colateral, o número de adesões está aumentando. Depois de experimentar o anel vaginal poucas pacientes mudam de contraceptivo", explica Sohara. De acordo com o especialista, esse método contraceptivo garante uma melhora no ciclo menstrual e reduz a metabolização pelo fígado, já que o hormônio sintético entra no sistema nervoso diretamente.

Desvantagem

Ainda segundo o médico, a desvantagem do anel vaginal é que ele não previne a mulher de infecções por microorganismos ou doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

Como colocar

colocação do anel vaginal é feita em casa e a dica é escolher uma posição confortável, como por exemplo, em pé com uma das pernas levantada, agachada ou deitada. Para introduzir o anel dentro da vagina, basta segura-lo entre o polegar e o dedo médio e pressionar até que os dois lados fiquem juntos. A remoção pode ser feita enganchando o dedo indicador sob o anel ou segurando o mesmo entre os dedos indicador e médio puxando-o para fora.

Pílula por muito tempo dificulta a gravidez?



Ginecologista diz que isso é um mito; entenda as razões
por Redação Bebê
Mariana Bueno
Do Bolsa de Bebê
Engana-se quem pensa que as mulheres que tomam pílula anticoncepcional por muito tempo, depois de pararem têm como consequência uma dificuldade maior para engravidar. Isso é um mito! Pode acontecer até no primeiro mês subsequente à pausa do anticoncepcional, mas depois desse período a mulher já volta a ovular normalmente. “Acredito que o que leva muitas pessoas a pensar dessa maneira é a mudança social da história das mulheres. Até a geração passada, elas tomavam menos pílula, engravidavam e tinham sua família constituída já na terceira década de vida (20 aos 30 anos). Atualmente vemos mulheres engravidando mais tardiamente, por volta dos 30 anos, e essa condição, fisiologicamente, leva a uma dificuldade em engravidar. Portanto, a dificuldade não é causada pelo uso crônico dos anticoncepcionais”, explica a ginecologista Karen Morelli Soriano.
A ginecologista diz que o que ocorre é exatamente o contrário, já que a pílula ajuda a mulher em muitos sentidos. Ela trata doenças que poderiam dificultar a mulher de engravidar, como, por exemplo, a endometriose, a miomatose uterina, a adenomiose (crescimento do útero), a síndrome do ovário policístico, entre outras, além de protegerem contra o câncer de endométrio e de ovário.
Também não existe um período máximo que a mulher deve tomar a pílula. “Se a mulher vai anualmente ao seu ginecologista e realiza os exames de rotina, não precisa se preocupar, pois o anticoncepcional apropriado pode ser usado por longos anos. A pílula pode ser usada ate mesmo ininterruptamente em alguns casos”, afirma.
Em relação ao uso de outros tipos de anticoncepcionais, como injeção e adesivo, existem algumas diferenças, pois eles podem demorar mais para saírem completamente do organismo. Alguns injetáveis podem levar até oito meses.
A única recomendação é que, ao parar a pílula, no mês seguinte deve ser evitada a gestação por qualquer outro método que não seja natural. A ginecologista orienta também a procurar o ginecologista cerca de três meses antes de parar de usar o anticoncepcional, para quem sejam feitos alguns exames específicos, avaliação da história da mulher, vacinação e uso de algumas vitaminas que são importantes para quem planeja engravidar.

Medicamentos podem engordar; veja lista



Antidepressivos, anticoncepcionais e corticoides estão na lista
por Redação
Depois de iniciar tratamento com medicação, algumas pessoas reclamam do ganho de peso.  Anticoncepcionais, antidepressivos, corticoides e ansiolíticos estão na lista dosremédios que engordam. “O ganho de peso decorrente de medicamentos pode ser devido à retenção de líquido, lentidão no metabolismo ou aumento no apetite, causado pelos próprios medicamentos”, explica a endocrinologista Andressa Heimbecher.

Como evitar 

Segundo a especialista, para evitar o ganho de peso o ideal é entender, com a ajuda do médico, como o medicamento age no organismo. Os remédios que causam retenção hídrica, como os anticoncepcionais, engordam temporariamente porque quando o efeito da medicação passa o líquido é eliminado e o peso excedente também.
Há medicamentos que aumentam o apetite e deixam o metabolismo mais lento / Crédito: ThinkstockHá medicamentos que aumentam o apetite e deixam o metabolismo mais lento / Crédito: Thinkstock
Os remédios que deixam o metabolismo mais lento ou aumentam o apetite causam um aumento na balança mais difícil de controlar. “Nesses casos, a pessoa come mais ou gasta menos energia, o que acarreta um ganho de massa de gordura”, afirma a médica. Ainda de acordo com a especialista a melhor maneira de evitar os quilinhos a mais nessa situação é controlar a dieta.

Lista de medicamentos que engordam

A endocrinologista lista os tipos de alimentos que podem gerar ganho de peso.
Antidepressivos tricíclicos como amitriptilina e nortriptilina, causam aumento de apetite o que pode gerar aumento de peso.
Antihistamínicos como cetirizina ou fexofenadina, geralmente usados como componentes de muitas medicações anti-alérgicas.
Medicações antipsicóticas da classe dos antipsicóticos atípicos, como olanzapina – usada para esquizofrenia e transtorno bipolar – e risperidona – usada no tratamento do transtorno bipolar, psicose e transtorno obsessivo compulsivo.
Dependendo da dosagem de hormônios, a pílula pode engordar / Crédito: ThinkstockDependendo da dosagem de hormônios, a pílula pode engordar / Crédito: Thinkstock
Antihipertensivos beta-bloqueadores, como atenolol e metoprolol, aumentam a sensação de fadiga, contribuindo para a inatividade física e redução do gasto energético.
Corticóides aumentam a retenção hídrica e geram resistência insulínica. Além disso, são estimuladores do apetite e podem reduzir a taxa metabólica.
Medicamentos para o controle do diabetes, como os da classe das sulfoniluréias: glibenclamida, glicazida e glimepirida, elevam os níveis de insulina no sangue, ocasionando aumento de apetite e acúmulo de gordura. Outros medicamentos da classe das glitazonas – pioglitazona e rosiglitazona – geram retenção hídrica e aumentam o processo de diferenciação das células de estoque de gordura.
Estabilizadores de humor com ácido valpróico e o lítio causam aumento de apetite e, portanto, ganho de peso.
Anticoncepcionais de dosagens mais altas são associados ao ganho de peso por retenção hídrica.

Pílula: Yasmin, Diane 35, Selene e outras



Ginecologista esclarece como funciona cada tipo de pílula anticoncepcional
por Mariana Bueno
As pílulas anticoncepcionais são um dos métodos preferidos das mulheres na hora de se prevenirem contra a gravidez. Existem diversos tipos diferentes e o que faz bem para uma pessoa nem sempre faz bem para outra. Os efeitos variam especialmente por causa dos hormônios. “Pílulas anticoncepcionais são medicamentos compostos por hormônios sintéticos parecidos com os hormônios naturais estrogênio e progesterona, produzidos pelos ovários”, explica a ginecologista Marilda Plácido, professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase).

Existe uma quantidade enorme de pílulas, muitas similares entre si, com a mesma composição, mas de laboratórios diferentes e com preços que também variam, e existem também medicamentos genéricos. Mas como agem no corpo Yasmin, Diane 35, Selene e outras marcas usadas pelas mulheres? Listamos algumas das pílulas mais conhecidas e a ginecologista falou um pouco sobre cada uma delas. Confira:

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Diane 35

Melhora a acne e o excesso de pelos. É uma cartela com 21 comprimidos e sete dias de intervalo.

Elani Ciclo

Possui um tipo de progestágeno que se aproxima muito do natural, por isso tem menos efeitos colaterais. Também ajuda a melhorar acne e excesso de pelos. É uma cartela com 21 comprimidos e sete dias de intervalo.

Yasmin

Assim como a Elani Ciclo, possui progestágeno que se aproxima do natural e tem menos efeitos colaterais. Também é uma cartela com 21 comprimidos e sete dias de intervalo.

Yas

Possui menos estrógeno na composição. A cartela tem 24 comprimidos e são quatro dias de intervalo.

Selene

Tem a mesma composição e efeitos que a pílula Diane. É uma cartela com 21 comprimidos e sete dias de intervalo.

Siblima

A dosagem de estrógeno é menor, por isso são mais comprimidos. A cartela vem com 24 e são 4 dias de intervalo.

Diminut

Possui uma dosagem hormonal mais baixa. É uma cartela com 21 comprimidos e sete dias de intervalo.

Mercilon

É uma cartela com 28 comprimidos de uso contínuo e a mulher não menstrua. A dosagem de estrógeno é mais baixa.

Tamisa

Tem a mesma composição que a Siblima. A dosagem de estrógeno pode ser de 20 ou 30, dependendo da resposta da paciente. Quando a dose é muito baixa, algumas pessoas apresentam sangramento, por isso precisa aumentar. É uma cartela com 21 comprimidos e sete dias de intervalo.

Cerazette

Não é uma pílula combinada, possui apenas progestágeno. Ideal para quem tem risco de tromboembolia, como as fumantes. É de uso contínuo, a cartela tem 28 comprimidos e a pessoa não menstrua.

Allestra 20 ou 30

Assim como a Tamisa, possui dosagens diferentes de estrógeno, dependendo do caso de cada paciente. É uma cartela com 21 comprimidos e sete dias de intervalo.

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Métodos contraceptivos

A Dra. Marilda Plácido explica que a pílula pode conter progestágeno isolado ou associado a estrógeno (a chamada pílula combinada). A dose de estrógeno varia em cada tipo de pílula, sendo recomendado atualmente a utilização de pílulas com 35mcg ou menos deste componente, devido ao menor risco de efeitos colaterais, principalmente fenômenos tromboembólicos, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, tromboses em geral, etc, aumento da pressão arterial, etc. Já o progestágeno é variado, tendo efeitos diferentes. Há o acetato de ciproterona (Diane 35, Selene, Diclin, Artemidis, etc), indicado para mulheres que têm acne, por exemplo; o levonorgestrel (Microvlar, Nordette, Level, etc) que tem uma ação ruim sobre o perfil lipídico, podendo elevar o colesterol e o LDL, o "mau" colesterol, mas é o que tem menor risco de potencializar os fenômenos tromboembólicos do estrógeno; o gestodeno (Allestra, Micropil, Siblima, Tâmisa, etc) e o Desogestrel (Mercilon, Primera,etc), que têm melhor ação sobre o perfil lipídico; a Drospirenona (Yasmin, Yas, Yume, Elani, etc), e diversos outros.
Além do anticoncepcional, não se esqueça da camisinha. Ela previne contra DSTs.Além do anticoncepcional, não se esqueça da camisinha. Ela previne contra DSTs 
 “No período de amamentação, até o sexto mês após o parto, se o bebê estiver com amamentação exclusiva ao seio, a pílula combinada não deve ser utilizada, pois o estrógeno pode alterar a qualidade e a quantidade do leite, nesse caso o indicado é uma pílula só com progestágeno, como Cerazette, por exemplo”, recomenda.
Devido ao risco de efeitos colaterais e a todas essas especificidades dos vários componentes, a pílula deve ser prescrita por médico, que vai avaliar cada caso, quanto a riscos á saúde da mulher, contra-indicação ao uso da pílula, dose de estrógeno e tipo de progestágeno a ser prescrito. “A pílula pode ser usada ininterruptamente ou com pausa entre as cartelas. As de uso contínuo podem ser todas com hormônio e, nesse caso a mulher não irá menstruar, ou podem conter placebo (substância inerte) no período correspondente á pausa e, nesse caso a mulher irá menstruar. As pílulas que têm pausa podem ter 21, 22 ou 24 comprimidos e as pausas variam de 7, 6 ou 4 dias, respectivamente”, explica.
Os principais benefícios, além da contracepção, são o controle do ciclo menstrual, a redução do fluxo e, consequentemente do risco de anemia, redução da dismenorreia  (cólica na menstruação), redução do risco de câncer de ovário, etc.

Pílula engorda?

Quanto ao ganho de peso, a ginecologista diz que as pílulas podem causar um aumento de dois a três quilos. Caso ocorra um ganho maior, é necessário uma investigação clínica pois, geralmente, alguma outra causa está associada.

Fonte: http://www.bolsademulher.com/

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